domingo, 18 de dezembro de 2016

AS 88 MARAVILHAS DO CÉU

Para a Astronomia moderna, constelação é simplesmente uma área da esfera celeste. Tudo o que observamos no céu, seja a olho nu ou com poderosos telescópios, está sempre “dentro” de uma determinada constelação.  

Ao contemplar uma noite estrelada nossos olhos vagueiam diante de abismos imensos, profundidades colossais que simplesmente ignoramos. Para nós, as estrelas são pequenas luzes de brilhos diferentes ou, como pensavam os antigos hebreus, orifícios de tamanhos variados por onde se vislumbra uma luz celestial. Longe de ser uma concepção tola, ela advém da observação visual – mas felizmente não dispomos apenas dos olhos para investigar a natureza.

Nossos olhos podem fornecer uma visão tridimensional do mundo que nos rodeia. Mas não somos capazes de perceber profundidade além de uma certa distância. No firmamento, essa falta de percepção chega ao seu extremo e isso gera a falsa impressão de que a Lua, uma estrela ou uma nebulosa estão equidistantes de nós. 



O EQUADOR terrestre se projeta na esfera, 
dando origem ao Equador Celeste.
Para os gregos, eles estavam todos numa imensa esfera que circundava a Terra: a esfera celeste (gravura à direita). 

Junte os pontos 
APESAR DE IRREAL (e difícil de perceber na prática!), o conceito da esfera celeste revelou-se um excelente sistema de referência centrado na Terra, no observador humano. 

Outra ação involuntária do ser humano é associar os grupos de estrelas mais brilhantes a figuras conhecidas, como num jogo de juntar os pontos. Esses desenhos imaginários são as constelações. Constelação, do latim constellatio, significa reunião de estrelas, um agrupamento arbitrário de estrelas que representa a silhueta de entes mitológicos, animais ou objetos. 


A BALEIA é uma das constelações
mais fáceis de reconhecer no firmamento. 


Criar constelações é um processo muito particular. Para os chineses, por exemplo, existem mais de duzentas delas, pois é costume local utilizar poucas estrelas para compor um desenho. A maioria dos nomes das constelações ocidentais é de origem grega e a elas estão associadas belíssimas histórias daquela rica mitologia. 

Hoje, imersos nas luzes artificiais das cidades e longe do poder criativo dos povos antigos, é difícil imaginar que Orion, por exemplo, seja a figura de um caçador. É sempre mais fácil associar figuras mais familiares, é o caso do Sagitário, que lembra mais um bule que um ser metade homem, metade cavalo.

O conceito moderno 
PARA MINIMIZAR OS INEVITÁVEIS REARRANJOS ESTELARES e facilitar o estudo do céu, os astrônomos concordaram em fixar o número das constelações em 88, porém modificando o seu conceito. Para a Astronomia moderna, constelação é simplesmente uma área da esfera celeste. Assim, tudo o que observamos no céu, seja a olho nu ou com poderosos telescópios, está sempre “dentro” de uma determinada constelação.  




*Fonte: Costa, J. R. V. As 88 maravilhas do céu. Astronomia no Zênite, dez 2000. Disponível em: http://www.zenite.nu/as-88-maravilhas-do-ceu/






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